Ø "Uma obra é sempre mais coletiva do que dá a entender. Afinal de contas, nós autores somos resultado daquilo que lemos, que vemos, que aprendemos". P. 13. (Por João Silvério Trevisan).
Ø ... compete à escola assumir a parte que lhe é de direito e obrigação, viabilizando, àqueles que a freqüentam, a mediação conteudística necessária a formulação de consciências conhecedoras de moderna e concentrada materialidade; capazes de perceber que a continuidade dessa obra implica, antes de mais nada, na descentralização dos bens acumulados, em busca de condições de vida menos excludentes e mais igualitária. P. 33.
Ø A escrita consiste em apropriação do real, de modo a estabelecer sínteses que abarcam o real ("Begriff"), ao mesmo tempo interpretando e produzindo o real. P. 46.
Ø ... ensinar a escrever não é ensinar a copiar. P. 46.
Ø Em outras palavras, com a escrita (de textos) fazemos história.... enfim, existimos, falando para o "auditório social presente fora e dentro de cada um de nós" (Kramer, 1993:228). P. 47.
Ø Escrever, na nossa concepção, passa a ser uma atividade filosófica (revolucionária), pois com os textos que produzimos dizemos a realidade, abrimo-nos ao mundo (totalidade histórico-social) e somos. Eis que no texto estamos abertos à criação e não às cópias, aos modelos, aos padrões, às estruturas pré-dadas, à mesmice, enfim, ao senso comum; projetamos novos mundos; marcamos a nossa diferença; lemos na particularidade e na especificidade o universal; damos sentido à particularidade e especificidade na totalidade histórico-social; superamos o senso comum. Com o texto, enquanto atividade (filosófica), fazemo-nos críticos, revolucionários, criadores e projetamos novo(s) mundo(s). p. 47.
Ø De certo modo, o texto é a síntese de enfrentamento de um sujeito com determinado objeto, síntese que expõe (objetiva) tanto o sujeito quanto o objeto. P. 49.
Ø ... todo texto é uma leitura da realidade ou todo ato de escrever pretende ler. P. 49.
Ø "A aprendizagem da língua escrita(...) não será entendida como uma manifestação ou expressão do desenvolvimento cognitivo, mas como uma atividade cognitiva promotora de processos intelectuais superiores que envolvem o plano da ação lógico verbal e que ultrapassam os limites da 'percepção sensorial imediata do mundo exterior'". P. 52.
Ø 'Temos proclamado alto e bom som nosso objetivo de que, as crianças se tornem autoras - leitoras e escritoras. A pergunta é: são hoje os professores de pré e primeiro graus autores? São falantes, leitores e escritores vivos de uma linguagem viva?" P. 52.
Ø ... o objeto linguístico não se define pela combinação da palavra escrita e da palavra falada; só essa última constitui tal objeto. (Saussure, 1962:45). P. 70
Ø a permanência da palavra ecrita enquanto escrita é, de fato, durabilidade de relações espaciais. Essa duração, como já assinalamos acima, é diferente da duração da palavra falada enquanto falada, que dura enquanto passa, como o fogo-fátuo ou como o brilho de um relâmpago. P. 72.
Ø A palavra escrita, portanto, deve ser pensada num contexto conceitual de espaço-temporalidade (gráfica). Se esse é o ponto de vista correto, não há porque colocá-la em plano secundário com relação a palavra falada, isso se secundário significar, como parece entre muitos lingüistas, a começar por Saussure, menos importante, inferior, algo dispensável na ciência lingüística. P. 72.
Ø Escrever não é falar - precisamos manter essa diferença lingüística. P. 80.
Ø "A vida de um acadêmico é o que ele desvenda, o que ele escreve, o que ele ensina". Rogério C. de C. Leite. P. 89.
Ø Até a chegada da burguesia ao poder, uma das formas que os grupos dominantes utilizaram para exercer o seu poder, ou excluir aqueles que eram 'menos iguais', era impedí-los, ou melhor, não produzir a necessidade de aprenderem a ler e se expressar através da escrita. P. 91.
Ø ... afirmação de Marx e Engels (1986:34): "As idéias dominantes de uma época sempre formam as idéias da classe dominante". P. 94.
Ø Escrever é um excelente momento de refletir sobre a prática. "A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo", diz Paulo Freire (1978:65). O não-escrever ou o escrever pouco priva os pares de ter contato com o que se está fazendo ou pensando. P. 102.
Ø Escrever é também um excelente meio de esclarecer-se. P. 103.
Ø A linguagem dos sentimentos é universal e, portanto, o elo mais perfeito e capaz de estabelecer ligações temporárias ou definitivas entre todos os seres viventes do planeta. P. 109.
Ø Defronta-se, também, com o processo que tradicionalmente a escola utiliza como recurso "repassador" desse conteúdo, com a forma de ensinar, que parece desconhecer essa nova característica de aprendizagem e a necessidade de trabalhar não só com os conteúdos em si, mas com os processos mentais de internalização dos mesmos. P. 138.
Ø "(...) o aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que a cercam". (Vygotsky, 1988:99). P. 139.
Ø Clarice Lispector, falando sobre o ato de escrever: "Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando esta não palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que pescou a entrelinha, podia-se com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a palavra ao morder a isca incorpora..." (1979:20). P. 149.
Ø Compete à escola não só o repasse e socialização do saber, mas a socialização das formas mais elaboradas em termos de atividade mental (processos mentais superiores) que garantam a apropriação do conhecimento. P. 151.
Ø "O que eu pediria à escola, se não me faltasse luzes pedagógicas, era considerar a poesia como primeira visão direta das coisas, e depois como veículo de informação prática e teórica, preservando em cada aluno o fundo mágico, lúdico, intuitivo e criativo, que se identifica basicamente com a sensibilidade poética... Alguma coisa que se "bolasse" nesse sentido, no campo da educação, valeria como corretivo prévio de aridez com que se costumam transcorrer destinos profissionais, murados na especialização, na ignorância do prazer estético, na tristeza de encarar a vida como dever partilhado de tédio". (Drummond, 1974). P. 157.
Ø "Escrever não é tão difícil quanto possa imaginar. Todos nós, quer tenhamos facilidade ou não para redigir, somos capazes de criar composições adequadas, principalmente quando nos são fornecidas certas informações que possam orientar na elaboração de nossas redações". ( Granatic, 1988:3). P. 161.
Ø Nos dias atuais, a escola não pode mais estar a serviço da cultura elitizada, não pode mais concorrer para a passividade do sujeito frente ao mundo que o cerca, não pode mais lançar mão apenas de modelos oriundos do coletivo ideal, destituídos da roupagem do coletivo real. P. 161.
Ø Como a relação dos homens com a natureza não pode ser excluída da História, através da dialética homem/natureza objetiva é que a escola é que a escola poderá suprir os indivíduos de condições para entender o seu papel na sociedade, não como pacientes, mas sim como agentes. P. 163.
Ø Ao construir seu texto, o aluno lapidará suas idéias, julgando-o e reescrevendo-o com o objetivo de conseguir coesão e coerência. P. 165.
Ø Diz-se que o aluno apropria-se da escrita e que essa apropria-se dele num círculo interativo. P. 165.
Ø ... compete à escola assumir a parte que lhe é de direito e obrigação, viabilizando, àqueles que a freqüentam, a mediação conteudística necessária a formulação de consciências conhecedoras de moderna e concentrada materialidade; capazes de perceber que a continuidade dessa obra implica, antes de mais nada, na descentralização dos bens acumulados, em busca de condições de vida menos excludentes e mais igualitária. P. 33.
Ø A escrita consiste em apropriação do real, de modo a estabelecer sínteses que abarcam o real ("Begriff"), ao mesmo tempo interpretando e produzindo o real. P. 46.
Ø ... ensinar a escrever não é ensinar a copiar. P. 46.
Ø Em outras palavras, com a escrita (de textos) fazemos história.... enfim, existimos, falando para o "auditório social presente fora e dentro de cada um de nós" (Kramer, 1993:228). P. 47.
Ø Escrever, na nossa concepção, passa a ser uma atividade filosófica (revolucionária), pois com os textos que produzimos dizemos a realidade, abrimo-nos ao mundo (totalidade histórico-social) e somos. Eis que no texto estamos abertos à criação e não às cópias, aos modelos, aos padrões, às estruturas pré-dadas, à mesmice, enfim, ao senso comum; projetamos novos mundos; marcamos a nossa diferença; lemos na particularidade e na especificidade o universal; damos sentido à particularidade e especificidade na totalidade histórico-social; superamos o senso comum. Com o texto, enquanto atividade (filosófica), fazemo-nos críticos, revolucionários, criadores e projetamos novo(s) mundo(s). p. 47.
Ø De certo modo, o texto é a síntese de enfrentamento de um sujeito com determinado objeto, síntese que expõe (objetiva) tanto o sujeito quanto o objeto. P. 49.
Ø ... todo texto é uma leitura da realidade ou todo ato de escrever pretende ler. P. 49.
Ø "A aprendizagem da língua escrita(...) não será entendida como uma manifestação ou expressão do desenvolvimento cognitivo, mas como uma atividade cognitiva promotora de processos intelectuais superiores que envolvem o plano da ação lógico verbal e que ultrapassam os limites da 'percepção sensorial imediata do mundo exterior'". P. 52.
Ø 'Temos proclamado alto e bom som nosso objetivo de que, as crianças se tornem autoras - leitoras e escritoras. A pergunta é: são hoje os professores de pré e primeiro graus autores? São falantes, leitores e escritores vivos de uma linguagem viva?" P. 52.
Ø ... o objeto linguístico não se define pela combinação da palavra escrita e da palavra falada; só essa última constitui tal objeto. (Saussure, 1962:45). P. 70
Ø a permanência da palavra ecrita enquanto escrita é, de fato, durabilidade de relações espaciais. Essa duração, como já assinalamos acima, é diferente da duração da palavra falada enquanto falada, que dura enquanto passa, como o fogo-fátuo ou como o brilho de um relâmpago. P. 72.
Ø A palavra escrita, portanto, deve ser pensada num contexto conceitual de espaço-temporalidade (gráfica). Se esse é o ponto de vista correto, não há porque colocá-la em plano secundário com relação a palavra falada, isso se secundário significar, como parece entre muitos lingüistas, a começar por Saussure, menos importante, inferior, algo dispensável na ciência lingüística. P. 72.
Ø Escrever não é falar - precisamos manter essa diferença lingüística. P. 80.
Ø "A vida de um acadêmico é o que ele desvenda, o que ele escreve, o que ele ensina". Rogério C. de C. Leite. P. 89.
Ø Até a chegada da burguesia ao poder, uma das formas que os grupos dominantes utilizaram para exercer o seu poder, ou excluir aqueles que eram 'menos iguais', era impedí-los, ou melhor, não produzir a necessidade de aprenderem a ler e se expressar através da escrita. P. 91.
Ø ... afirmação de Marx e Engels (1986:34): "As idéias dominantes de uma época sempre formam as idéias da classe dominante". P. 94.
Ø Escrever é um excelente momento de refletir sobre a prática. "A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo", diz Paulo Freire (1978:65). O não-escrever ou o escrever pouco priva os pares de ter contato com o que se está fazendo ou pensando. P. 102.
Ø Escrever é também um excelente meio de esclarecer-se. P. 103.
Ø A linguagem dos sentimentos é universal e, portanto, o elo mais perfeito e capaz de estabelecer ligações temporárias ou definitivas entre todos os seres viventes do planeta. P. 109.
Ø Defronta-se, também, com o processo que tradicionalmente a escola utiliza como recurso "repassador" desse conteúdo, com a forma de ensinar, que parece desconhecer essa nova característica de aprendizagem e a necessidade de trabalhar não só com os conteúdos em si, mas com os processos mentais de internalização dos mesmos. P. 138.
Ø "(...) o aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que a cercam". (Vygotsky, 1988:99). P. 139.
Ø Clarice Lispector, falando sobre o ato de escrever: "Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando esta não palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu. Uma vez que pescou a entrelinha, podia-se com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a palavra ao morder a isca incorpora..." (1979:20). P. 149.
Ø Compete à escola não só o repasse e socialização do saber, mas a socialização das formas mais elaboradas em termos de atividade mental (processos mentais superiores) que garantam a apropriação do conhecimento. P. 151.
Ø "O que eu pediria à escola, se não me faltasse luzes pedagógicas, era considerar a poesia como primeira visão direta das coisas, e depois como veículo de informação prática e teórica, preservando em cada aluno o fundo mágico, lúdico, intuitivo e criativo, que se identifica basicamente com a sensibilidade poética... Alguma coisa que se "bolasse" nesse sentido, no campo da educação, valeria como corretivo prévio de aridez com que se costumam transcorrer destinos profissionais, murados na especialização, na ignorância do prazer estético, na tristeza de encarar a vida como dever partilhado de tédio". (Drummond, 1974). P. 157.
Ø "Escrever não é tão difícil quanto possa imaginar. Todos nós, quer tenhamos facilidade ou não para redigir, somos capazes de criar composições adequadas, principalmente quando nos são fornecidas certas informações que possam orientar na elaboração de nossas redações". ( Granatic, 1988:3). P. 161.
Ø Nos dias atuais, a escola não pode mais estar a serviço da cultura elitizada, não pode mais concorrer para a passividade do sujeito frente ao mundo que o cerca, não pode mais lançar mão apenas de modelos oriundos do coletivo ideal, destituídos da roupagem do coletivo real. P. 161.
Ø Como a relação dos homens com a natureza não pode ser excluída da História, através da dialética homem/natureza objetiva é que a escola é que a escola poderá suprir os indivíduos de condições para entender o seu papel na sociedade, não como pacientes, mas sim como agentes. P. 163.
Ø Ao construir seu texto, o aluno lapidará suas idéias, julgando-o e reescrevendo-o com o objetivo de conseguir coesão e coerência. P. 165.
Ø Diz-se que o aluno apropria-se da escrita e que essa apropria-se dele num círculo interativo. P. 165.
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