Ø Para que a prática social da educação, os projetos político-pedagógicos e a relação pedagógicas, de fato, contribuam na construção da nova sociedade e das pessoas humanas novas as intervenções educativas precisam ser reinventadas, criativas e novas. (Lauro Carlos Wittmann). P .12.
Ø A progressiva instauração do conhecimento como base material da relação entre as pessoas, grupos e povos abre a possibilidades assustadoras e promissoras. Ao mesmo tempo em que permite exponenciar a selvageria da desigualdade, acena para a responsabilidade da parceria e partilha, uma vez que o conhecimento não se (des) gasta quando usado. Uma prática social da educação comprometida com a tendência da transformação, na perspectiva de emancipação sócio-antropológica, é uma prática instituinte, contribuindo para a produção de uma nova estrutura social e de novas pessoas. (Wittmann). P. 13.
Ø "Oh, não discutam a necessidade! O mais pobre dos mendigos possui ainda algo de supérfluo na mais miserável coisa. Reduzam a natureza às necessidades da natureza e o homem ficará reduzido ao animal: sua vida deixará de ter valor. Compreendes por acaso que necessitamos de um pequeno excesso para existir. - Schkespeare - P. 16.
Ø O homem se individualiza ou torna-se indivíduo na relação que estabelece consigo mesmo e com outros no mundo. Essa objetivação se dá sistematicamente no mundo do trabalho. P. 25.
Ø O trabalho é a expressão própria do homem, uma expressão de suas faculdades físicas mentais. Nesse processo de atividade genuína, o homem desenvolve-se a si mesmo, torna-se ele próprio; o trabalho não é só meio para um fim - o produto - mas um fim em si mesmo, a expressão significativa da energia humana (Fromm, 1983, p. 48). P.26.
Ø O trabalho é portanto uma ação diferenciada das atividades dos outros animais e diametralmente oposta. Marx escreveu no primeiro volume de "O capital": Pressupomos o trabalho de um modo que o assinala exclusivamente humano. Assim, supomos que o trabalho é ação consciente e intencional, enquanto as atividades dos outros animais estão baseadas no instinto. P. 27.
Ø Marx empreendeu seu trabalho de crítica à economia política para esclarecer que dentro da pretensa lei eterna da economia capitalista ocultava-se a estrutura da sociedade burguesa. P. 29.
Ø A natureza humana em geral se constitui na universalidade do ser humano enquanto ente-espécie, detentor de potencialidades para relacionar meios e fins num processo de satisfação de suas necessidades. Neste sentido, esta natureza é elemento decisivo e pressuposto da atividade vital do homem. P. 30.
Ø Portanto, o homem se exterioriza por meio de sua atividade vital, na objetivação em sua relação com o mundo, na relação intersdubjetiva com os outros homens e na relação consigo mesmo. P. 32.
Ø No contexto do século XX emerge a explosão da informática, das técnicas de processamento da informação que tanto pode se considerar um ponto de partida, produzindo uma modificação sem precedentes na imagem que o homem forma de se mesmo. P. 38.
Ø O processo de trabalho escolar tem por objeto a produção e o desenvolvimento de conhecimentos. Esse é o elemento objetivo por onde se definem as determinações e as contradições entre o processo de produção material e o processo de trabalho escolar. p. 38.
Ø A escola é portanto uma instituição criada e mantida pelo Estado capitalista que contribui para com os interesses estruturais do sistema enquanto expressa e representa a ideologia da igualdade e abriga contingência de força de trabalho que não tem espaço no mercado de produção. O seu produto não tem caráter de valor no sentido de mais-valia. O resultado do processo de trabalho escolar não produz valor, consome valor (Catapan. 1993). P. 41.
Ø Assim, as atividades de bens de produção e serviços devem ter por objetivo o enriquecimento do homem, aumentar as competências de indivíduos e grupos, promover a sociabilidade e o reconhecimento recíproco, proporcionar as ferramentas da autonomia, criar a diversidade, variar os prazeres. P. 43.
Ø O desafio atual é a necessidade de se captar a dinâmica de transformação cultural engendrado pelas novas formas de comunicação e informação e que constitui "nós" inéditos, estabelecendo vínculos sociais em uma nova dimensão de tempo e espaço e visão de mundo. P. 44.
Ø O processo de aprendizagem ocorre na possível interação que se estabelece entre sujeito (no caso o professor, os alunos, os autores utilizados etc.) e objeto (o conhecimento escolar específico trabalhado em cada situação de ensino). P. 45.
Ø Para vislumbrar outros caminhos é necessário, como afirma Giddens (1997), entender que a globalização não se refere ao movimento do capital - pois o capital sempre foi globalizado e nunca teve dificuldades de cruzar fronteiras. O que ocorre como globalização atualmente é o fenômeno transformador colocado pelas tecnologias de comunicação e informação, que alteram profundamente as concepções históricas a respeito das relações de espaço e tempo. P. 50.
Ø Os avanços tecnológicos podem ser considerados as características mais notáveis da globalização. P. 53.
Ø O célere desenvolvimento das forças produtivas e do consumo através das comunicações, dos mercados, dos fluxos de capitais e tecnologias, do intercâmbio de informações e conhecimentos, modifica a percepção da realidade social, o modo de ser é de produzir a existência. P. 61.
Ø A sociedade do consumo é ainda a sociedade de aprendizagem do consumo e de iniciação social ao consumo - isto é, modo novo e específico de socialização em relação à emergência de novas forças produtivas e à reestruturação monopolista de um sistema econômico de alta produtividade. (Baudrillard). P. 77.
Ø O emergir proeminente da cognição acentuado pelas novas tecnologias aplicadas na produção e no consumo representam o limiar de um conceito de modernidade tecnológica. Faz-se objetiva a exigência de um processo de educação que busque, através da reestruturação das relações sociais determinadas pelo sistema de produção e de consumo, atingir a difusão sociocultural do homem enquanto sujeito possuidor de uma ética e de uma visão de mundo empiricamente universal. P. 100.
Ø O desenvolvimento é uma construção social que pressupõe a apropriação sensorial e ativa do homem, da vida humana, das criações do homem pelo homem e para o homem no mundo. P. 101.
Ø Informação é o fato intencionalmente selecionado, codificado e submetido a um processo de refinamento, informatizado ou não, para a apresentação e veiculação de idéias, imagens, sons, cores, mensagens. Conhecimento é o processo de interpretação e reelaboração das informações, conferindo-lhes sentidos e significados operados pelos sujeitos na comunicação (Catapan, 1996). P. 104.
Ø O indivíduo que se habilitar a participar da sociedade do conhecimento precisa ter competências muito deferentes das habilidades e conteúdos hoje propostos e transmitidos pela escola. P. 108.
Ø A educação escolar em todos os seus níveis faz uma interferência intencional, sistemática, organizada no desenvolvimento histórico dos sujeitos. E o faz por um longo e fértil tempo. Cabe-lhe, no atual contexto, o desafio e a responsabilidade de preparar sujeitos para uma realidade determinada pela mutabilidade, pela agilidade, pela fluidez, pela dinâmica da comunicação, do conhecimento, do trabalho e do consumo. P. 108.
Ø Acredita-se que a educação brasileira, enquanto definição de políticos nacionais, abre-se formalmente para a inserção de temáticas socioculturais amplas e necessárias para a formação do homem capaz de atuar como sujeito nesse novo modo de produção da existência.
Ø A progressiva instauração do conhecimento como base material da relação entre as pessoas, grupos e povos abre a possibilidades assustadoras e promissoras. Ao mesmo tempo em que permite exponenciar a selvageria da desigualdade, acena para a responsabilidade da parceria e partilha, uma vez que o conhecimento não se (des) gasta quando usado. Uma prática social da educação comprometida com a tendência da transformação, na perspectiva de emancipação sócio-antropológica, é uma prática instituinte, contribuindo para a produção de uma nova estrutura social e de novas pessoas. (Wittmann). P. 13.
Ø "Oh, não discutam a necessidade! O mais pobre dos mendigos possui ainda algo de supérfluo na mais miserável coisa. Reduzam a natureza às necessidades da natureza e o homem ficará reduzido ao animal: sua vida deixará de ter valor. Compreendes por acaso que necessitamos de um pequeno excesso para existir. - Schkespeare - P. 16.
Ø O homem se individualiza ou torna-se indivíduo na relação que estabelece consigo mesmo e com outros no mundo. Essa objetivação se dá sistematicamente no mundo do trabalho. P. 25.
Ø O trabalho é a expressão própria do homem, uma expressão de suas faculdades físicas mentais. Nesse processo de atividade genuína, o homem desenvolve-se a si mesmo, torna-se ele próprio; o trabalho não é só meio para um fim - o produto - mas um fim em si mesmo, a expressão significativa da energia humana (Fromm, 1983, p. 48). P.26.
Ø O trabalho é portanto uma ação diferenciada das atividades dos outros animais e diametralmente oposta. Marx escreveu no primeiro volume de "O capital": Pressupomos o trabalho de um modo que o assinala exclusivamente humano. Assim, supomos que o trabalho é ação consciente e intencional, enquanto as atividades dos outros animais estão baseadas no instinto. P. 27.
Ø Marx empreendeu seu trabalho de crítica à economia política para esclarecer que dentro da pretensa lei eterna da economia capitalista ocultava-se a estrutura da sociedade burguesa. P. 29.
Ø A natureza humana em geral se constitui na universalidade do ser humano enquanto ente-espécie, detentor de potencialidades para relacionar meios e fins num processo de satisfação de suas necessidades. Neste sentido, esta natureza é elemento decisivo e pressuposto da atividade vital do homem. P. 30.
Ø Portanto, o homem se exterioriza por meio de sua atividade vital, na objetivação em sua relação com o mundo, na relação intersdubjetiva com os outros homens e na relação consigo mesmo. P. 32.
Ø No contexto do século XX emerge a explosão da informática, das técnicas de processamento da informação que tanto pode se considerar um ponto de partida, produzindo uma modificação sem precedentes na imagem que o homem forma de se mesmo. P. 38.
Ø O processo de trabalho escolar tem por objeto a produção e o desenvolvimento de conhecimentos. Esse é o elemento objetivo por onde se definem as determinações e as contradições entre o processo de produção material e o processo de trabalho escolar. p. 38.
Ø A escola é portanto uma instituição criada e mantida pelo Estado capitalista que contribui para com os interesses estruturais do sistema enquanto expressa e representa a ideologia da igualdade e abriga contingência de força de trabalho que não tem espaço no mercado de produção. O seu produto não tem caráter de valor no sentido de mais-valia. O resultado do processo de trabalho escolar não produz valor, consome valor (Catapan. 1993). P. 41.
Ø Assim, as atividades de bens de produção e serviços devem ter por objetivo o enriquecimento do homem, aumentar as competências de indivíduos e grupos, promover a sociabilidade e o reconhecimento recíproco, proporcionar as ferramentas da autonomia, criar a diversidade, variar os prazeres. P. 43.
Ø O desafio atual é a necessidade de se captar a dinâmica de transformação cultural engendrado pelas novas formas de comunicação e informação e que constitui "nós" inéditos, estabelecendo vínculos sociais em uma nova dimensão de tempo e espaço e visão de mundo. P. 44.
Ø O processo de aprendizagem ocorre na possível interação que se estabelece entre sujeito (no caso o professor, os alunos, os autores utilizados etc.) e objeto (o conhecimento escolar específico trabalhado em cada situação de ensino). P. 45.
Ø Para vislumbrar outros caminhos é necessário, como afirma Giddens (1997), entender que a globalização não se refere ao movimento do capital - pois o capital sempre foi globalizado e nunca teve dificuldades de cruzar fronteiras. O que ocorre como globalização atualmente é o fenômeno transformador colocado pelas tecnologias de comunicação e informação, que alteram profundamente as concepções históricas a respeito das relações de espaço e tempo. P. 50.
Ø Os avanços tecnológicos podem ser considerados as características mais notáveis da globalização. P. 53.
Ø O célere desenvolvimento das forças produtivas e do consumo através das comunicações, dos mercados, dos fluxos de capitais e tecnologias, do intercâmbio de informações e conhecimentos, modifica a percepção da realidade social, o modo de ser é de produzir a existência. P. 61.
Ø A sociedade do consumo é ainda a sociedade de aprendizagem do consumo e de iniciação social ao consumo - isto é, modo novo e específico de socialização em relação à emergência de novas forças produtivas e à reestruturação monopolista de um sistema econômico de alta produtividade. (Baudrillard). P. 77.
Ø O emergir proeminente da cognição acentuado pelas novas tecnologias aplicadas na produção e no consumo representam o limiar de um conceito de modernidade tecnológica. Faz-se objetiva a exigência de um processo de educação que busque, através da reestruturação das relações sociais determinadas pelo sistema de produção e de consumo, atingir a difusão sociocultural do homem enquanto sujeito possuidor de uma ética e de uma visão de mundo empiricamente universal. P. 100.
Ø O desenvolvimento é uma construção social que pressupõe a apropriação sensorial e ativa do homem, da vida humana, das criações do homem pelo homem e para o homem no mundo. P. 101.
Ø Informação é o fato intencionalmente selecionado, codificado e submetido a um processo de refinamento, informatizado ou não, para a apresentação e veiculação de idéias, imagens, sons, cores, mensagens. Conhecimento é o processo de interpretação e reelaboração das informações, conferindo-lhes sentidos e significados operados pelos sujeitos na comunicação (Catapan, 1996). P. 104.
Ø O indivíduo que se habilitar a participar da sociedade do conhecimento precisa ter competências muito deferentes das habilidades e conteúdos hoje propostos e transmitidos pela escola. P. 108.
Ø A educação escolar em todos os seus níveis faz uma interferência intencional, sistemática, organizada no desenvolvimento histórico dos sujeitos. E o faz por um longo e fértil tempo. Cabe-lhe, no atual contexto, o desafio e a responsabilidade de preparar sujeitos para uma realidade determinada pela mutabilidade, pela agilidade, pela fluidez, pela dinâmica da comunicação, do conhecimento, do trabalho e do consumo. P. 108.
Ø Acredita-se que a educação brasileira, enquanto definição de políticos nacionais, abre-se formalmente para a inserção de temáticas socioculturais amplas e necessárias para a formação do homem capaz de atuar como sujeito nesse novo modo de produção da existência.
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