Algo extraordinário aconteceu no fim dos anos 80. Em muitos países as pessoas começaram a se sentir infelizes por como a raça humana estava tratando seu planeta. Passaram a reclamar mais alto contra a sujeira do ar e da água, a destruição da floresta úmida, o desaparecimento de espécies, o buraco na camada de ozônio e o efeito estufa. 15
Os políticos perceberam que perderiam votos se aparentassem descaso em relação às questões ambientais que subitamente preocupavam os eleitores. 15
O furacão ambiental varreu também os saguões das Bolsas de Valores. Inesperadamente, compradores que nunca haviam se preocupado com a origem ou o destino final de suas compras começaram a levantar questões embaraçosas em encontros gerais anuais. 15
O movimento verde veio para ficar. No entanto, os políticos que esperam conquistar votos através dele podem se decepcionar. O ambiente é aquilo que os pesquisadores de opinião pública americanos chamam de uma questão “consensual”, onde um político pode perder votos por ser contra, mas não ganhar por apoia-la. Além disso, os políticos que mais tentam parecer “verdes”serão também os mais procurados pelo lobbies ambientalistas e denunciados como não verdes. As questões ecológicos colocam aos políticos problemas de enorme complexidade. 16
As pessoas protestam principalmente contra o que podem ver em seus próprios quintais e que afeta suas vidas pessoais. 17
Muitas pessoas acreditam que o crescimento econômico possa ser saudável ao ambiente. Na verdade isto nunca é possível. A maioria das atividades econômicas envolve consumo de energia e matéria-prima; este consumo por sua vez cria lixo que o planeta tem de absorver. Portanto, o crescimento verde é uma quimera. Mas o crescimento mais verde é possível. 19
Até agora nenhuma geração assumiu sua cota justa de reparos planetários. Todos ignoraram os custos que acrescentavam às futuras gerações. Exigir que esta geração empreenda reparos significa fazer as pessoas pagarem por algo que antes encaravam como gratuito. É por isso que os políticos que assumem causas verdes podem de repente se encontrar em território perigoso. 20
A política ambiental é inevitavelmente intervencionista. Sem a intervenção governamental, o ambiente não pode ser integralmente protegido. 20
Os governos que desejarem ser verdes terão de convencer os cidadãos a aceitar custos em benefício dos eleitores de outros países. 21
É fácil colocar um preço numa árvore enquanto madeira. Mas esse preço nunca levará em conta seu valor como um mecanismo de prevenção da erosão do solo, ou como um lar para pássaros ou insetos raros, ou como um reservatório de dióxido de carbono que, caso contrário, se somaria aos gases estufa na atmosfera. 21
Onde ninguém é dono de um recurso ambiental, o mercado não dará seus habituais, sinais de alerta de que aquele recurso está se esgotando. 22
Na verdade, os limites reais ao crescimento não são os estoques de recursos naturais da Terra, tais como carvão, petróleo e ferro, que são comprados e vendidos a preços que se elevarão para refletir sal crescente escassez. Os verdadeiros limites são a capacidade do ambiente de processar todas as formas de lixo e os recursos “críticos”... 22
Uma outra maneira de melhorar a atuação do mercado é garantir que consumidores e produtores paguem os custos reais do dano ambiental que provocam. 23
Este é um conselho para a cautela, não para o desespero. Não é por que os custos ambientais são difíceis demais de calcular que se deve simplesmente abandonar o esforço, e por isso por duas razões. Primeiro, estabelecer um valor aproximado pode ser uma base melhor para a política do que não estabelecer nenhum. É somente tateando os valores para os recursos ambientais que os governos podem pensar de maneira sensata sobre custos e benefícios. 24
Confiar exclusivamente na força do mercado, ainda que controlado com muita habilidade, para limpar o ambiente é tão ingênuo quanto confiar apenas na intervenção governamental. 25
Os governos somente serão capazes de executar políticas mais verdes se as empresas puderem encontrar formas de proporcionar às pessoas o nível de conforto a que elas se acostumaram, em formas menos nocivas em termos ambientais. 26
O dano ambiental pode ocorrer longe da causa original. A chuva ácida na Noruega pode ser provocada pelas usinas movidas a carvão na Inglaterra ou pelos veículos alemães. Pode acontecer muito tempo depois do evento original e ser tarde demais para a ação preventiva. 28
Deter o dano ambiental em geral significa mudar o comportamento humano. Essa é uma questão para cientistas políticos sociais. 28
Para um verde radical, nenhum nível de poluição é seguro; para um economista, os custos de eliminação de um poluente se elevarão exageradamente à medida que o poluente diminui. 29
Os políticos perceberam que perderiam votos se aparentassem descaso em relação às questões ambientais que subitamente preocupavam os eleitores. 15
O furacão ambiental varreu também os saguões das Bolsas de Valores. Inesperadamente, compradores que nunca haviam se preocupado com a origem ou o destino final de suas compras começaram a levantar questões embaraçosas em encontros gerais anuais. 15
O movimento verde veio para ficar. No entanto, os políticos que esperam conquistar votos através dele podem se decepcionar. O ambiente é aquilo que os pesquisadores de opinião pública americanos chamam de uma questão “consensual”, onde um político pode perder votos por ser contra, mas não ganhar por apoia-la. Além disso, os políticos que mais tentam parecer “verdes”serão também os mais procurados pelo lobbies ambientalistas e denunciados como não verdes. As questões ecológicos colocam aos políticos problemas de enorme complexidade. 16
As pessoas protestam principalmente contra o que podem ver em seus próprios quintais e que afeta suas vidas pessoais. 17
Muitas pessoas acreditam que o crescimento econômico possa ser saudável ao ambiente. Na verdade isto nunca é possível. A maioria das atividades econômicas envolve consumo de energia e matéria-prima; este consumo por sua vez cria lixo que o planeta tem de absorver. Portanto, o crescimento verde é uma quimera. Mas o crescimento mais verde é possível. 19
Até agora nenhuma geração assumiu sua cota justa de reparos planetários. Todos ignoraram os custos que acrescentavam às futuras gerações. Exigir que esta geração empreenda reparos significa fazer as pessoas pagarem por algo que antes encaravam como gratuito. É por isso que os políticos que assumem causas verdes podem de repente se encontrar em território perigoso. 20
A política ambiental é inevitavelmente intervencionista. Sem a intervenção governamental, o ambiente não pode ser integralmente protegido. 20
Os governos que desejarem ser verdes terão de convencer os cidadãos a aceitar custos em benefício dos eleitores de outros países. 21
É fácil colocar um preço numa árvore enquanto madeira. Mas esse preço nunca levará em conta seu valor como um mecanismo de prevenção da erosão do solo, ou como um lar para pássaros ou insetos raros, ou como um reservatório de dióxido de carbono que, caso contrário, se somaria aos gases estufa na atmosfera. 21
Onde ninguém é dono de um recurso ambiental, o mercado não dará seus habituais, sinais de alerta de que aquele recurso está se esgotando. 22
Na verdade, os limites reais ao crescimento não são os estoques de recursos naturais da Terra, tais como carvão, petróleo e ferro, que são comprados e vendidos a preços que se elevarão para refletir sal crescente escassez. Os verdadeiros limites são a capacidade do ambiente de processar todas as formas de lixo e os recursos “críticos”... 22
Uma outra maneira de melhorar a atuação do mercado é garantir que consumidores e produtores paguem os custos reais do dano ambiental que provocam. 23
Este é um conselho para a cautela, não para o desespero. Não é por que os custos ambientais são difíceis demais de calcular que se deve simplesmente abandonar o esforço, e por isso por duas razões. Primeiro, estabelecer um valor aproximado pode ser uma base melhor para a política do que não estabelecer nenhum. É somente tateando os valores para os recursos ambientais que os governos podem pensar de maneira sensata sobre custos e benefícios. 24
Confiar exclusivamente na força do mercado, ainda que controlado com muita habilidade, para limpar o ambiente é tão ingênuo quanto confiar apenas na intervenção governamental. 25
Os governos somente serão capazes de executar políticas mais verdes se as empresas puderem encontrar formas de proporcionar às pessoas o nível de conforto a que elas se acostumaram, em formas menos nocivas em termos ambientais. 26
O dano ambiental pode ocorrer longe da causa original. A chuva ácida na Noruega pode ser provocada pelas usinas movidas a carvão na Inglaterra ou pelos veículos alemães. Pode acontecer muito tempo depois do evento original e ser tarde demais para a ação preventiva. 28
Deter o dano ambiental em geral significa mudar o comportamento humano. Essa é uma questão para cientistas políticos sociais. 28
Para um verde radical, nenhum nível de poluição é seguro; para um economista, os custos de eliminação de um poluente se elevarão exageradamente à medida que o poluente diminui. 29
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