Ø Certamente o saber é imprescindível. Sem ele não debelamos os figadais inimigos da humanidade como a fome, a doença e a incomunicação. O saber nos confere poder. P. 22.
Ø Mais importante que saber é nunca perder a capacidade, pois só esta manterá o poder em seu caráter instrumental, fazendo-o meio de potenciação da vida e de salvaguarda do planeta. P. 22.
Ø Após séculos de cultura material, buscamos hoje ansiosamente uma espiritualidade simples e sólida, baseada na percepção do mistério do universo e do ser humano, na ética da responsabilidade, da solidariedade e da compaixão, fundada no cuidado, no valor intrínseco de cada coisa, no trabalho bem feito, na competência, na honestidade e na transparência das intenções. P. 25.
Ø Com efeito, cresce seminalmente um novo paradigma de re-ligação, de re-encantamento pela natureza e de com-paixão pelos que sofrem; inaugura-se uma nova ternura para com a vida e um sentimento autêntico de pertença amorosa à Mãe-Terra. Ps. 25/26.
Ø Temos que reconstruir a casa humana comum- a terra - para que nela todos possam caber. P. 27.
Ø A utopia é a presença da dimensão-céu dentro da dimensão-terra, nos limites estreitos da existência pessoal e coletiva. P. 82.
Ø ... o ser humano tinha veneração diante da natureza. Somente utilizava aquilo que precisava para sobreviver e tornar mais segura e prazerosa a existência. P. 93.
Ø É o sentimento que nos faz sensíveis ao que está a nossa volta, que nos faz gostar ou desgostar. Ps. 99/100.
Ø É o sentimento que produz encantamento face à grandeza dos céus, suscita veneração diante da complexidade da Mãe-Terra e alimenta enternecimento face à fragilidade de um recém-nascido. P. 100.
Ø Os seres interagem sem razões de sobrevivência, por puro prazer, no fluir de seu viver. P. 110.
Ø O amor é o fundamento do fenômeno social e não uma conseqüência dele. Em outras palavras, é o amor que dá origem à sociedade; a sociedade existe porque existe o amor e não ao contrário, como convencionalmente se acredita. P. 110.
Ø A competição, enfatiza Maturama, é anti-social, hoje e outrora, porque implica a navegação do outro, a recusa da partilha e do amor. P. 111
Ø Como se caracteriza o amor humano? Responde Maturama: "o que é especialmente humano no amor não é o amor, mas o que fazemos no amor enquanto humanos...; é a nossa maneira particular de viver juntos como seres sociais na linguagem...; sem amor nós não somos seres sociais". P. 111.
Ø Por um lado, a medida é sentida negativamente como limite às nossas pretensões. Daí nasce a vontade e até o prazer de ultrapassar o limite e de violar o proibido. Por outro lado, é sentida positivamente como a capacidade de usar, de forma moderada, potencialidades naturais, sociais e pessoais para que mais possam durar e reproduzir-se. P. 112.
Ø A medida justa muda. O que não muda, é a permanente busca da justa medida. P. 116.
Ø A atitude de sentir com cuidado deve transformar-se em cultura e demanda um processo pedagógico para além da escola formal que atravessa as instituições e faz surgir um novo estado de consciência e de conexão com a Terra e com tudo o que nela existe e vive. P. 117.
Ø A ternura vital é sinônimo de cuidado essencial. A ternura é o afeto que devotamos às pessoas e o cuidado que aplicamos às situações existenciais. É um conhecimento que vai além da razão, pois mostra-se como inteligência que intui, vê fundo e estabelece comunhão. P. 118.
Ø "hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás". (Che Guevara). P. 118.
Ø A relação de ternura não envolve angústia porque é livre de busca de vantagens e de dominação. O enternecimento é a força própria do coração, é o desejo profundo de compartir caminhos. P. 119.
Ø O afeto não existe sem a carícia, a ternura e o cuidado. Assim como a estrela precisa de aura para brilhar, assim o afeto, precisa da carícia para sobreviver. E a carícia da pele, do cabelo, das mãos, do rosto, dos ombros, da intimidade sexual que confere concretude ao afeto e ao amor. P. 120.
Ø A justa medida, a ternura vital, a carícia essencial e a cordialidade fundamental são qualidades existenciais, quer dizer, formas de estruturação do ser humano naquilo que faz o humano. P. 121.
Ø A consolidação de uma sociedade mundial globalizada e o surgimento de um novo paradigma civilizacional passa pelo cuidado com os pobres, marginalizados e excluídos. P. 142.
Ø "Deve-se buscar uma mente sã num corpo são".. "Orandum est ut sit mens sana in corpore sano" (Sátiras X, 356).
Ø ... cuidar de nossa saúde significa manter nossa visão integral, buscando um equilíbrio sempre por construir entre o corpo, a mente e o espírito e convocar o médico(corpo), o terapeuta(mente) e o sacerdote(o espírito) para trabalharem juntos visando a totalidade do ser humano. P. 147.
Ø Quando vivenciamos o fascínio do amor, fazemos a experiência de um absoluto valor, capaz de tudo transfigurar; fazemos da pessoa amada uma divindade, transformamos o brilho do Sol num ouro em cascata e transformamos a dureza do trabalho numa prazerosa ocupação. P. 15º
Ø Morremos para ressuscitar, para viver mais e melhor. A morte significa a metamorfose para esse novo modo de ser em plenitude, ao morrer, o ser humano deixa para trás de si um cadáver. É como um casulo que continha a crisálida. Cai o casulo e irrompe radiante borboleta, a vida em sua inteira identidade. É a ressurreição já na morte. P. 153.
Ø Sábio foi o filósofo Immanuel Kante que, em 1784, no seu livro Idéia de uma história universal do ponto de vista cosmopolítico nos deixou a seguinte sentença: "O ser humano é uma madeira tão nodosa que dela não se pode talhar vigas retas". Esta é a condition humaine! Cabe, portanto, acolher os próprios limites com humildade, sem lamúria. No seu todo, são intransponíveis. Somos seres da incompletude. Não somos Deus. P. 159.
Ø "O excesso de verdade", já dizia Pascal, "é pior do que o erro". P. 161.
Ø ... "a quietude no trabalho, a frescura no calor e o consolo na lágrima": o equilíbrio dinâmico. P. 162.
Ø Jesus foi um ser de cuidado. O evangelista Marcos diz com extrema finura: "ele fez bem todas as coisas; fez surdos ouvir e mudos falar" (Mc 7,37). Teve cuidado com a vida integral. P. 168.
Ø São Francisco, no entanto, é verdadeiramente alternativo por seu radical modo de ser-cuidado com respeito, veneração e fraternura para com todas as coisas. P. 169.
Ø Gandhi definia a política com "um gesto amoroso para com o povo". Em outras palavras, política como cuidado com o bem-estar de todos e ternura essencial para com os pobres. P. 176.
Ø (Em relação a Gandhi): Dois princípios básico norteavam a sua prática: a força da verdade(satiagra) e a não-violência ativa(ahimsa). Acreditava, profundamente, que a verdade possui em si uma força invencível contra a qual são inócuas as manipulações, as violências, as armas e as prisões. P. 176.
Ø Mais importante que saber é nunca perder a capacidade, pois só esta manterá o poder em seu caráter instrumental, fazendo-o meio de potenciação da vida e de salvaguarda do planeta. P. 22.
Ø Após séculos de cultura material, buscamos hoje ansiosamente uma espiritualidade simples e sólida, baseada na percepção do mistério do universo e do ser humano, na ética da responsabilidade, da solidariedade e da compaixão, fundada no cuidado, no valor intrínseco de cada coisa, no trabalho bem feito, na competência, na honestidade e na transparência das intenções. P. 25.
Ø Com efeito, cresce seminalmente um novo paradigma de re-ligação, de re-encantamento pela natureza e de com-paixão pelos que sofrem; inaugura-se uma nova ternura para com a vida e um sentimento autêntico de pertença amorosa à Mãe-Terra. Ps. 25/26.
Ø Temos que reconstruir a casa humana comum- a terra - para que nela todos possam caber. P. 27.
Ø A utopia é a presença da dimensão-céu dentro da dimensão-terra, nos limites estreitos da existência pessoal e coletiva. P. 82.
Ø ... o ser humano tinha veneração diante da natureza. Somente utilizava aquilo que precisava para sobreviver e tornar mais segura e prazerosa a existência. P. 93.
Ø É o sentimento que nos faz sensíveis ao que está a nossa volta, que nos faz gostar ou desgostar. Ps. 99/100.
Ø É o sentimento que produz encantamento face à grandeza dos céus, suscita veneração diante da complexidade da Mãe-Terra e alimenta enternecimento face à fragilidade de um recém-nascido. P. 100.
Ø Os seres interagem sem razões de sobrevivência, por puro prazer, no fluir de seu viver. P. 110.
Ø O amor é o fundamento do fenômeno social e não uma conseqüência dele. Em outras palavras, é o amor que dá origem à sociedade; a sociedade existe porque existe o amor e não ao contrário, como convencionalmente se acredita. P. 110.
Ø A competição, enfatiza Maturama, é anti-social, hoje e outrora, porque implica a navegação do outro, a recusa da partilha e do amor. P. 111
Ø Como se caracteriza o amor humano? Responde Maturama: "o que é especialmente humano no amor não é o amor, mas o que fazemos no amor enquanto humanos...; é a nossa maneira particular de viver juntos como seres sociais na linguagem...; sem amor nós não somos seres sociais". P. 111.
Ø Por um lado, a medida é sentida negativamente como limite às nossas pretensões. Daí nasce a vontade e até o prazer de ultrapassar o limite e de violar o proibido. Por outro lado, é sentida positivamente como a capacidade de usar, de forma moderada, potencialidades naturais, sociais e pessoais para que mais possam durar e reproduzir-se. P. 112.
Ø A medida justa muda. O que não muda, é a permanente busca da justa medida. P. 116.
Ø A atitude de sentir com cuidado deve transformar-se em cultura e demanda um processo pedagógico para além da escola formal que atravessa as instituições e faz surgir um novo estado de consciência e de conexão com a Terra e com tudo o que nela existe e vive. P. 117.
Ø A ternura vital é sinônimo de cuidado essencial. A ternura é o afeto que devotamos às pessoas e o cuidado que aplicamos às situações existenciais. É um conhecimento que vai além da razão, pois mostra-se como inteligência que intui, vê fundo e estabelece comunhão. P. 118.
Ø "hay que endurecer pero sin perder la ternura jamás". (Che Guevara). P. 118.
Ø A relação de ternura não envolve angústia porque é livre de busca de vantagens e de dominação. O enternecimento é a força própria do coração, é o desejo profundo de compartir caminhos. P. 119.
Ø O afeto não existe sem a carícia, a ternura e o cuidado. Assim como a estrela precisa de aura para brilhar, assim o afeto, precisa da carícia para sobreviver. E a carícia da pele, do cabelo, das mãos, do rosto, dos ombros, da intimidade sexual que confere concretude ao afeto e ao amor. P. 120.
Ø A justa medida, a ternura vital, a carícia essencial e a cordialidade fundamental são qualidades existenciais, quer dizer, formas de estruturação do ser humano naquilo que faz o humano. P. 121.
Ø A consolidação de uma sociedade mundial globalizada e o surgimento de um novo paradigma civilizacional passa pelo cuidado com os pobres, marginalizados e excluídos. P. 142.
Ø "Deve-se buscar uma mente sã num corpo são".. "Orandum est ut sit mens sana in corpore sano" (Sátiras X, 356).
Ø ... cuidar de nossa saúde significa manter nossa visão integral, buscando um equilíbrio sempre por construir entre o corpo, a mente e o espírito e convocar o médico(corpo), o terapeuta(mente) e o sacerdote(o espírito) para trabalharem juntos visando a totalidade do ser humano. P. 147.
Ø Quando vivenciamos o fascínio do amor, fazemos a experiência de um absoluto valor, capaz de tudo transfigurar; fazemos da pessoa amada uma divindade, transformamos o brilho do Sol num ouro em cascata e transformamos a dureza do trabalho numa prazerosa ocupação. P. 15º
Ø Morremos para ressuscitar, para viver mais e melhor. A morte significa a metamorfose para esse novo modo de ser em plenitude, ao morrer, o ser humano deixa para trás de si um cadáver. É como um casulo que continha a crisálida. Cai o casulo e irrompe radiante borboleta, a vida em sua inteira identidade. É a ressurreição já na morte. P. 153.
Ø Sábio foi o filósofo Immanuel Kante que, em 1784, no seu livro Idéia de uma história universal do ponto de vista cosmopolítico nos deixou a seguinte sentença: "O ser humano é uma madeira tão nodosa que dela não se pode talhar vigas retas". Esta é a condition humaine! Cabe, portanto, acolher os próprios limites com humildade, sem lamúria. No seu todo, são intransponíveis. Somos seres da incompletude. Não somos Deus. P. 159.
Ø "O excesso de verdade", já dizia Pascal, "é pior do que o erro". P. 161.
Ø ... "a quietude no trabalho, a frescura no calor e o consolo na lágrima": o equilíbrio dinâmico. P. 162.
Ø Jesus foi um ser de cuidado. O evangelista Marcos diz com extrema finura: "ele fez bem todas as coisas; fez surdos ouvir e mudos falar" (Mc 7,37). Teve cuidado com a vida integral. P. 168.
Ø São Francisco, no entanto, é verdadeiramente alternativo por seu radical modo de ser-cuidado com respeito, veneração e fraternura para com todas as coisas. P. 169.
Ø Gandhi definia a política com "um gesto amoroso para com o povo". Em outras palavras, política como cuidado com o bem-estar de todos e ternura essencial para com os pobres. P. 176.
Ø (Em relação a Gandhi): Dois princípios básico norteavam a sua prática: a força da verdade(satiagra) e a não-violência ativa(ahimsa). Acreditava, profundamente, que a verdade possui em si uma força invencível contra a qual são inócuas as manipulações, as violências, as armas e as prisões. P. 176.
Nenhum comentário:
Postar um comentário